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It A Coisa - Stephen king

  • Foto do escritor: Luma Almeida
    Luma Almeida
  • 4 de abr. de 2018
  • 5 min de leitura

Atualizado: 8 de abr. de 2018

No dia 27/12/2017 iniciei a leitura do livro It A Coisa do escritor Stephen King. Uma leitura que me agradou muito de imediato, uma vez que ele abordava temas muito interessantes tais como racismo, preconceito, violência doméstica, homossexualismo, etc. Resolvi então fazer uma resenha, sobre esse livro e dizer um pouco que eu sentir ao ler.
























Esse livro não segue uma linha de tempo de forma linear, um capitulo ele está no ano de 1958 em que os personagens são crianças no outro em 1985 com os personagens já adultos e no outro há muitos anos atrás, antes mesmo deles terem nascidos. Isso faz com o que o desfecho final tanto no ano de 1958 e de 1985 sejam esclarecidos só nas ultimas cem páginas. Ele se passa em uma cidade pacata, muito estranha e com moradores também muito estranhos, chamada Derry, onde algo maligno e sobrenatural vive. Essa coisa se alimenta de crianças disfarçando-se de Penywise o palhaço, e se transformando em seu maior medo, durante muitos séculos. Despertando de seu sono a cada 27 anos aproximadamente, causando em Derry desastres terríveis toda vez que desperta. Mais que os moradores acabam não se importando tanto com isso, porque estão de certa forma sendo manipulados pela coisa. Nas férias de verão de 1958 essa coisa é enfrentada por um grupo de amigos, chamado Clube dos otários. Grupo formado por sete crianças, Bill, Stan, Mike, Eddie, Ben, Richie e Bevery. Grupo nada conveniente e extremamente diversificado, uma vez que o grupo é composto por um negro, um judeu, um hipocondríaco, uma menina pobre que apanha do pai, um gago, um bobalhão e um gordo. Todo o grupo sofre de bullying e preconceito o tempo todo. O grupo de amigos além de serem perseguidos pela tal “coisa” também é perseguido por um grupo de garotos cujo seu líder é o garoto atormentado chamado Henry, ai que ódio desse personagem. Esses meninos são muito malvados e a todo momentos eles estão associados a cenas de terror e tortura. Fiquei com mais medo deles do que pela própria coisa em alguns momentos. E esse tormento todo torna o clube dos otários ainda mais unido. Eles aprendem juntos no meio de todo esse caos o real significado de amizade, amor, confiança e medo. E no livro a amizade e lealdade são coisas extremamente importantes.

O clube dos Otários composto por um negro, um judeu, um hipocondríaco, uma menina pobre que apanha do pai, um gago, um bobalhão e um gordo.

O autor permite conhecer a mente de cada personagem, afim de você sentir o mesmo que eles estão sentindo; medo, aflição, raiva, constrangimento, angustia, prazer, etc. Em uma parte do livro, que me deixou perplexa com tamanha crueldade, ele descreve o personagem chamado Patrick, integrante de um grupo do Henry, que tem a mente muito perturbada, onde ele pegava animais de vizinhos e os guardava vivos em uma geladeira no meio do mato, afim de esperar que eles morressem por inanição, quase chorei lendo isso, porque existem pessoas assim no mundo. E raiva que eu senti do Henry quando ele mata o cachorro do Mike, ai que raiva. Entre outros tantos acontecimentos.


Quando eu comprei esse livro fiquei meio receosa, por ele ter lá suas 1000 páginas e eu não me agradar com a leitura. A linguagem é tão simples e rica em detalhes que você nem dá mais importância a quantidade de páginas e a leitura acaba até sendo muito rápida. Em minha humilde opinião eu daria nota 9 para ele, como assim? Querido leitos a história é incrivelmente maravilhosa e a narrativa espetacular, para mim o final foi algo que eu não gostei. Até eu intender que o final tinha se transformado em ficção cientifica, com direito a efeitos especiais e alienígenas e tudo o mais, eu disse “Não, NÃO PODE SER”. Então pelo fim eu não dou 10.

Por fim eu posso falar o tanto que eu quiser aqui e não será suficiente, porque o livro é incrível eu gostei, com certeza eu vou lê-lo novamente. E aconselho você caro leitor a fazer o mesmo. Nunca tinha lido nada do Stephen King e creio que comecei com um livro magnifico.



Os Filmes

O universo de um livro não pode ser comparado ao universo de um livro. Nos livros nos sentimos íntimos dos personagens e vivemos mesmo dentro do livro. Claro que o filme tem o seu encanto. Eu assisti aos dois filmes, o de 1990 e esse recentemente lançado no ano de 2017. O filme de 1990 não me agradou muito, porque os fatos acontecem tão rápido sem dinâmica nenhuma, o diretor tentou colocar todos os elementos do livro em um único filme, e serio tem muita coisa se perdeu ali no meio, que faria toda a diferença. Mais vale a pena assistir, o palhaço está muito macabro nesse filme, com aqueles dentes amarelos e sua risada maligna. Imagino que na época fez muita gente ter pesadelos.

Esse lançado em 2017, conta a história apenas de quando eles eram crianças, como eles se conheceram, como destruíram a coisa e se tornaram tão íntimo. Então terá uma sequência com eles adultos, adorei essa ideia. O filme se passa nos anos 80 e não nos anos 50 como no livro, então os medos são diferentes das crianças. Porque na década de 50 os filmes de terror falavam de vampiros, zumbis, múmias e lobisomens, então a coisa aparecia nessas formas. Já no filme os medos são diferentes, só o leproso que permanece em ambas as obras. Estou muito animada para assistir ao novo filme porque como a coisa desperta a cada 27 anos então no segundo filme eles vão estar vivendo na nossa época, interessante não é?

O livro tem muitas partes polemicas, principalmente nas ultimas cem páginas, que o autor já disse em entrevista que estava sobre efeitos de alucinógenos na hora que estava escrevendo o final do livro. E um dos casos polêmicos é o da Bavery tendo relações sexuais com os membros do grupo com o propósito de todos eles ainda terem uma ligação. Porque eles estavam começando a brigar. Ainda bem que nenhum dos filmes colocou isso nos filmes.

Outra parte polemica é uma hora que o grupo do Henry está no lixão, todos de calças abaixadas soltando puns e usando isqueiro para fazer um jato de fogo. Dois deles decidem ir embora e o Henry e o Patrick ficam, o Patrick por fim masturba o Henry, que no começo acaba meio que gostando e por fim se sente ofendido e fica enfurecido ameaçando o menino e mandando ele ir embora. Isso tudo sendo presenciado pela Bevery.



 
 
 

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